BTG Pactual diz que Oi Móvel vale R$ 15 bilhões
Um relatório apresentado pelo banco de investimentos BTG Pactual arrisca projeções de valorização de 125% nas ações da Oi, cujo preço saltaria dos atuais R$ 0,89 para perto de R$ 2, caso a operadora consiga garantir caixa e se desfazer de alguns ativos, a começar pela operação móvel, avaliada no mesmo documento em R$ 15 bilhões.
Divulgado na quinta 16/1, o relatório é bastante otimista com o futuro da Oi, e aponta para um “renovado senso de urgência” com a mudança no comando – em dezembro, o presidente Eurico Teles anunciou que vai deixar o cargo, a ser assumido a partir de 31/1 por Rodrigo Abreu.
O primeiro dos ativos a serem vendidos pela Oi é a participação na operadora angolana Unitel. Os 25% de ações naquela companhia são estimados pela própria Oi em algo próximo de R$ 4 bilhões. Segundo o relatório do BTG, “a venda da Unitel não apenas cobriria definitivamente a lacuna de fluxo de caixa de 2020/2021, mas também permitiria à Oi buscar o anúncio imediato da emissão de dívidas garantidas, com potencial para substituir seu empréstimo-ponte mais caro”.
Quanto à operação móvel da Oi, que tem cerca de 37 milhões de clientes e uma participação de mercado ao redor dos 16%, a venda acabou sendo admitida pela direção da companhia depois de repetidas negativas de que era uma das estratégias para reestruturação.
“Estamos trabalhando com nossos consultores financeiros para entender o valor real do negócio de mobilidade, mas esse valor já foi reconhecido e poder gerar valor para o acionista no futuro. Se houver condição para consolidação haverá interesse”, afirmou Rodrigo Abreu ao apresentar os números da empresa no terceiro trimestre, no início de dezembro.
Convergência Digital, 17 de janeiro de 2020