Dilma aceita terceiro mandato de Manoel Rangel na Ancine
Entre o apelo liderado por cineastas como Cacá Diegues e Walter Salles e o pedido registrado no governo pelos servidores da Agência Nacional do Cinema (Ancine), a presidente Dilma Rousseff decidiu ontem que ficaria com o primeiro grupo. Segundo o Ministério da Cultura (MinC), a presidente aceitou a indicação da ministra Marta Suplicy e autorizou a recondução de Manoel Rangel, atual presidente da agência, a cumprir um terceiro mandato.
Em maio, Rangel encerraria seu oitavo ano comandando a Ancine, mas agora deve ficar apto a mais um período de quatro anos à frente da agência. Rangel será sabatinado pelos senadores nos próximos dias como parte do processo previsto em lei para ocupação do posto. O sinal verde do Senado ainda é indispensável.
Na semana passada, a Associação de Servidores Públicos da Ancine (Aspac) protocolou no MinC e na Casa Civil um manifesto destacando que o terceiro mandato de Rangel poria em risco a independência do órgão. Para Solon Luna, vice-presidente da instituição, 12 anos de gestão seriam “quase uma ditadura”.
O cineasta Silvio Tendler fez coro com os servidores, distanciando-se dos cineastas que veem em Rangel a experiência necessária à condução da Ancine. Em carta à ministra, ele pediu mudanças. “Temos que lutar para renovar a Ancine e não manter as velhas e carcomidas estruturas”, disse.