Comissão Europeia resiste à consolidação no setor de Telecom

out 15, 2015 by

A Comissão Europeia não está disposta a acatar o pedido das operadoras de uma abordagem mais flexível com relação às fusões no setor. “Flexibilizar as regras de competição não é a resposta. Assim como a consolidação da indústria também não é necessariamente a resposta”, sustentou o vice-presidente da Comissão Europeia, Andrus Ansip.

Os comentários de Ansip estão em linha com a posição sobre as fusões em telecomunicações tomada pela comissária de competição da UE, Margrethe Vestager, que assumiu o cargo no ano passado. Ela recentemente bloqueou um acordo entre a TeliaSonera e Telenor na Dinamarca por preocupações de que levaria a preços mais altos aos consumidores, na primeira vez que uma operação como essa foi impedida desde que as operadoras iniciaram processos de consolidação dois anos atrás.

A posição de Ansip foi recebida com surpresa por executivos no evento que pensavam que o vice-presidente interino responsável por impulsionar o mercado digital seria mais receptivo a seus argumentos segundo os quais uma consolidação permitiria mais investimentos em redes.

Em comunicado ao mercado, os presidentes de operadoras europeias, como a Portugal Telecom, Telecom Italia e Telefónica, afirmaram que o setor ‘precisa de escala e os mercados precisam funcionar em níveis ótimos’. Eles dizem ainda que o intuito das mudanças – como a flexibilização com as fusões – está ‘em garantir mais investimento e mais valor para os consumidores’.

Mas há a pressão dos órgãos reguladores contra a medida. Tanto é assim que o órgão de defesa da concorrência do Reino Unido está vetando a compra da operadora EE, da Orange e da Deutsche Telekom, pela BT, num negócio estimado em US$ 20 bilhões. No Brasil, a discussão sobre as consolidações volta à tona com os rumores de uma possível aliança entre a Oi e a TIM. Mas também tem discussões com relação ao futuro da Nextel.

Convergência Digital, Quarta-feira, 14 de Outubro de 2015

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