André Figueiredo começa a fazer mudanças nas Comunicações
O novo ministro das Comunicações, André Figueiredo, já começa a fazer mudanças na pasta. Até aqui, o único confirmado é Francisco José Pontes Ibiapina, que será o secretario executivo – ele ocupava o mesmo posto no Ministério do Trabalho.
Ibiapina assume no lugar de Luiz Antonio Azevedo (que deve seguir com Ricardo Berzoini para a Secretaria de Governo). Ainda nesta segunda, antes da cerimônia de assinatura da posse, no Planalto, Figueiredo esteve no Minicom e começou a conhecer como funciona a pasta.
As mudanças não devem parar aí. No ministério, o movimento é de procura por novos pousos no governo. O próprio André Figueiredo reconheceu que vai avaliar nomes para substituir os atuais. “Deve ter mudanças, mas vamos primar pela meritocracia. Vamos pegar pessoas que realmente conhecem o assunto”, afirmou.
O novo ministro das Comunicações não sabe, por enquanto, se as mudanças chegarão também à Telebras. “Vou conversar com Jorge Bittar [o atual presidente da estatal vinculada ao Minicom]. Gosto muito dele pessoalmente, talvez não haja mudança”, disse Figueiredo.
Sobre o novo cargo, o ministro destacou dois pontos: a revisão do marco legal das comunicações e a implementação de um novo programa de inclusão digital, conforme prometido pela presidenta durante a campanha eleitoral no ano passado.
“O Brasil precisa aperfeiçoar a legislação de telecomunicações”, disse André Figueiredo. O novo ministro, no entanto, foi tão cauteloso sobre o tema quanto seus antecessores. “Antes de levarmos qualquer projeto [ao Congresso Nacional], vamos discutir”, emendou.
Figueiredo reconheceu que no caso da ampliação do acesso à internet, há dificuldades orçamentárias mas também um compromisso da presidenta. “Precisamos implementar e a presidenta garantiu que vai nos ajudar”, disse o novo ministro das Comunicações.
“O plano de banda larga foi algo que ela mencionou quando ela nos convidou [para o ministério]. Lógico que a gente sabe das dificuldades pelas quais o Brasil passa hoje, mas temos que buscar inovação. Vamos ter que buscar soluções que possibilitem implementar algo que ela prometeu na campanha que faria”, afirmou.
Luís Osvaldo Grossmann, Convergência Digital, Segunda-feira, 05 de Outubro de 2015