Estrutura enxuta ajuda MVNOs em tempos de crise econômica

maio 16, 2017 by

Não é fácil lançar uma MVNO no Brasil. Barreiras regulatórias, técnicas e de negócios atrasam os projetos. A recessão econômica vivida no Brasil tampouco ajuda. Mesmo assim, algumas iniciativas começam a sair do papel, como a operadora móvel virtual dos Correios e a Veek. Representantes do mercado de MVNOs se reuniram nesta segunda-feira, 15, no Tela Viva Móvel, em São Paulo.

“O mercado de telecom no Brasil está saturado e passou por uma mudança no comportamento: antes o consumidor tinha 3 a 4 chips”, comentou Aline Storchi, CEO da Movttel. No entanto, justamente por ter uma estrutura mais enxuta em momento de crise, os executivos acreditam que será mais fácil chegar ao cliente, pois terão oportunidades de ofertar produtos e planos com mais assertividade, explicou Tiago Galli, gerente geral do Porto Seguro Conecta. “De maneira geral, a base pequena ajuda a gerenciar as ofertas com mais facilidade. É muito mais fácil eu me comunicar com minha base de 500 mil assinantes do que uma operadora que tem 70 milhões”, disse o executivo. A Porto Seguro Conecta tem como foco cliente pós-pago de seus seguros. “Além disso, o investimento de rede feito pelas MVNOs é muito pequeno perto das operadoras grandes”, acrescentou.

Base

Por sua vez, Davi Fraga, CMO da Surf Telecom, aposta que verticais diversas podem se interessar em ter uma MVNO. Basta que tenham um bom relacionamento com uma extensa base de clientes. Isso vale para varejistas, bancos, empresas de mídia, entidades religiosas etc. A Surf Telecom se posicona como uma agregadora de MVNOs, ou uma MVNA, como chama o executivo.

Atualmente a base das operadoras virtuais no Brasil está próxima dos 600 mil assinantes. O Brasil fechou o mês de janeiro com 243,8 milhões de linha móveis. Para Storchi, se as as MVNOs um dia conquistarem 5% do mercado brasileiro total, será um feito a ser comemorado.

Henrique Medeiros, Mobile Time, 15 de maio de 2017

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