Nossa Opinião: Vote contra o fascismo e a favor da esperança democrática
O fascismo defende um Estado autoritário, tem medo da diferença, obsessão pelo golpismo, despreza os mais fracos, defende a supressão da liberdade sindical, crê num líder forte com poder absoluto. O fascismo desencoraja o pensamento crítico, valoriza o uso da violência para repressão política, defende o sexismo (o preconceito ou discriminação baseada no gênero ou sexo de uma pessoa). É misógino, ou seja, odeia, despreza as mulheres e meninas.
Ao votarmos no próximo dia 6, devemos ter em mente que a educação de qualidade, sistema de saúde público, eficiente e universal; moradia digna para a população de baixa renda e a valorização do meio ambiente são essenciais. Mas não podemos esquecer que consolidar a democracia, o avanço da justiça social, combater a desinformação, o discurso do ódio, repudiar a violência são componentes fundamentais contra as ideias fascistas. Não há melhorias sociais sem a garantia da democracia.
No campo da democracia, a universalização das (tele) comunicações tem um papel estratégico. Por isso, veja se seu candidato (a) se compromete com as seguintes propostas:
1) Mapa da exclusão digital municipal – Produzir, em parceria com entidades da sociedade civil empresarial e não empresarial, centros de pesquisa, universidades, o Mapa da Exclusão Digital Municipal (número de telefones fixos, celulares, acessos de banda larga e TV por assinatura por 100 habitantes) que possa ser utilizado na definição de políticas públicas sérias, eficientes e eficazes. Embora existam vários indicadores sobre exclusão digital, não temos um mapa da exclusão digital de cada município.
2) Escolas públicas – Fazer um levantamento de todas as escolas públicas municipais e, a partir daí, cobrar da Anatel e das operadoras Vivo e Oi que a banda larga de qualidade chegue gratuitamente às escolas públicas. Desde 2008 existe essa obrigação, e até hoje não foi cumprida. O mapa da exclusão digital é uma das ferramentas para esse levantamento.
3) Pontos Wi-fi – Solicitar à Anatel, a Oi e a Vivo a relação de todos os telefones públicos que estavam instalados em praças públicas e foram arrancados por essas empresas. Com essa informação, cobrar a instalação de totens (pontos wi-fi), principalmente em áreas mais carentes e em locais específicos como UPAs, UPPs, praças, associação de moradores.
4) 2ª Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM) – Cobrar do Governo Federal a convocação da 2ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). A primeira aconteceu há quase 15 anos. Ajudar na organização da Conferência Municipal de Comunicação, parte integrante da Confecom.
Queremos que o sentimento de esperança nos guie no dia 6 de outubro. Votemos contra a desigualdade social e digital. Votemos nos direitos dos trabalhadores e dos excluídos. Votemos para que seja entendido que o acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, ou seja, ao direito à saúde, à cultura, ao entretenimento, à segurança, à educação.
Votemos contra os fascistas. Votemos nos candidatos da esquerda, ou seja, antifascistas. Votemos a favor da esperança democrática!
Instituto Telecom, Terça-feira, 01 de outubro de 2024
Marcello Miranda, Especialista em Telecom
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