Oi: cidades conectadas exigem um ecossistema que converse entre si
O momento é mais do que propício para as soluções de monitoramento, em especial, com a segurança pública como carro-chefe, mas o ecossistema fornecedor precisa entender que as soluções precisam ser interoperáveis, observou o diretor de desenvolvimento de serviços de Tecnologia da Oi, André Ituassu, que participou nesta quinta-feira, 08/05, do evento de lançamento da nova estratégia para o Brasil da Huawei Enterprise, parceira da operadora em projetos de videomonitoramento na cidade do Rio de Janeiro e em Búzios.
“As soluções precisam se comunicar para que se possa, de fato, criar uma rede, uma cidade conectada, serviços inteligentes conectados. Hoje, infelizmente, ainda há soluções ‘isoladas’. Nós temos que trabalhar para encontrar um padrão para que todas se falem. Só assim vamos massificar os benefícios da tecnologia”, afirmou Ituassu, ao Convergência Digital. O piloto feito no carnaval, no Rio de Janeiro, no bairro de Copacabana, identificou cerca de 8 mil pessoas foragidas, suspeitas ou desaparecidas, e armazenou, no banco de dados da segurança pública, imagens de cerca de 3 milhões de rostos.
“Os dados são da segurança pública e nós não ficamos com nenhum deles nem trabalhamos na identificação”, assegurou Ituassu, ao ser indagado sobre a questão de privacidade das informações. Ituasssu sustenta que há uma série de oportunidades na iniciativa privada a partir da adoção do videomonitoramento em tempo real. “Condomínios, shoppings, indústrias, redes de lojas, todos são potenciais compradores desse modelo de serviço e não apenas a segurança pública”, diz. O diretor da Oi, no entanto, admite que, agora, fornecedores e clientes sentam para negociar o melhor modelo de precificação, já que é um novo produto entrando no mercado.
Parceira da Oi, no Rio de Janeiro e em Búzios, a Huawei Enterprise tem essa área como uma da sua atuação no Brasil. O diretor de canais da companhia, Ricardo Matsui, revelou que no país, 85% dos negócios foram fechados pelos canais. “A Huawei Enterprise não vai vender diretamente para o cliente que o canal está trabalhando. Nós não vamos nos clientes do canal para vender sozinho”, disparou, referindo-se aos seus rivais.
A empresa, que quer crescer no Brasil, decidiu que toda e qualquer venda de hardware e software feita por um canal será rentabilizada. “Queremos ter um canal engajado na nossa estratégia. A premiação por venda é um benefício justo”, completou. A Huawei Enterprise nomeou Valued Added Partners no Brasil. Entre eles estão a 3Corp, a Agora Telecomunicações e a Zoom Tecnologia.
Ana Paula Lobo, Convergência Digital, 9 de maio de 2019