5 milhões de computadores não possuem banda larga no Brasil Especiais

jul 21, 2010 by

Gerente de negócios do C.E.S.A.R., Flavia Fernandes, afirma que, apesar de o país ser o sétimo em número de acessos à internet no mundo, possui 90% das conexões inferiores a 1Mbps.A gerente de desenvolvimento de negócios do C.E.S.A.R. (Centro de Estudos de Sistemas Avançados do Recife), Flavia Fernandes, comentou o impacto sócio-econômico da banda larga no Brasil e no mundo, no 1º VoIP Meeting Nordeste, que acontece nesta terça-feira, em Recife.

Flavia começou sua palestra com uma frase de impacto do CIO da Cisco, John Chambers, que diz: “a internet supera a produtividade combinada do telefone, transporte e eletricidade”. Para ela, as tecnologias de uso geral podem afetar drasticamente uma economia desde nível nacional até global. A executiva afirma que, comparadas às outras TUGs, como eletricidade, acredita-se que os impactos da banda larga na economia, além de maiores, vão se materializar mais rapidamente.

Banda larga no Brasil X Mundo

“Desenvolva a banda larga e tudo mais seguirá”. Esta é uma frase, citada por um plano de internet dos Estados Unidos, elaborado pelo FCC (Federal Communications Comission). O país afirma que todos devem desenvolver seus projetos de acesso aos cidadãos, pois, com isto, são geradas habilidades de controle e utilização da energia com mais eficiência, gerenciamento de saúde em populações carentes, melhor fornecimento da educação e simplificação dos meios de transporte.

Além disso, a executiva explica que a banda larga auxilia no crescimento do PIB: a cada 10% de brasileiros conectados, há alta de 1% do Produto Interno Bruto nacional. Sendo assim, como a internet rápida pode ser um viabilizador de estratégia de desenvolvimento social e organizacional, “é imprescindível que o Brasil inicie seu plano de largura de banda, para, assim, haja aumento de produtividade e comércio, redução de custos operacionais, geração de empregos e, principalmente, investimento externo no país”, disse ela.

Contudo, a banda larga deve ser investida também e principalmente fora dos grandes centros, pois, além da infraestrutura ser mais barata, gera descentralização dos empregos, o que melhora a economia, estilo de vida e principalmente educação. “Nós, do C.E.S.A.R. aqui em Recife, somos privilegiados de termos tido incentivo do governo. Hoje, o Porto Digital de Recife tem 8km de fibra óptica, 4 mil empregos na ilha e duas incubadoras, ou seja, 4% do PIB de Pernambuco sai dali”, salientou.

No Brasil, apesar de haver internet desde 1995, o serviço ainda é escasso, pois cerca de 5 milhões de computadores em domicílios ainda não possuem banda larga e 90% dos que têm, ainda são inferiores a 1Mbps. Flavia explica que isto acontece porque o serviço é muito caro e ainda é lento, apesar de, em algumas regiões do país, como o sudeste, já haverem infraestrutura suficiente para implantação de mais velocidade e qualidade.

Contudo, nem só o Brasil passa por esta mudança com plano de banda larga. Os Estados Unidos, por exemplo, se consideram inferiores em acesso, se comparados a outros países como a Finlândia que, recentemente, lançou uma lei que afirma que internet tem que ser disponível para todas as casas. Hoje eles oferecem 2mbps e pretendem 100Mbps para 2015. O Reino Unido ainda não possui uma lei, mas pretende ofertar 2Mbps até 2015 para todos os domicílios.

O país que surpreende na implantação da banda larga é a Coréia, que já oferece 100Mbps e promete ofertar 1GB por domicílio até 2012. Flavia explica que a expectativa do país, que investirá US$24,6 bilhões, é de gerar cerca de 120 mil empregos.

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