Telefónica rejeita pedido da PT e encerra negociação pela Vivo
A Telefónica rejeitou neste sábado, dia 17/07, o pedido da Portugal Telecom para prolongar a oferta até 28 de Julho. A operadora portuguesa solicitou a prorrogação do prazo sob a justificativa de “as discussões estarem a progredir de forma construtiva e o conselho de administração da PT está comprometido a fazer o seu melhor esforço para as concluir de forma satisfatória para todas as partes”.
Mas a operadora espanhola não concordou. Ao pedido, a Telefónica respondeu num parágrafo, dizendo que, como já tinha informado verbalmente à PT, a oferta, nos seus termos e condições, expirou a 16 de Julho às 23h59, horas de Lisboa. A retirada da oferta de 7,15 bilhões de euros foi comunicada aos órgãos reguladores financeiros da Espanha e de Portugal.Fator decisivo para o insucesso da negociação, o governo de Portugal – que usou a golden share para vetar a transação – deu um um voto de confiança à administração da operadora portuguesa.
O “ Governo quer neste momento manifestar total confiança e apoio ao Conselho de Administração da PT e à forma como tem conduzido todo o processo negocial com a Telefónica”, refere um comunicado emitido na noite de sábado pelo Ministério das Obras Públicas.
O Governo considerou também que “a companhia portuguesa atuou sempre de forma a salvaguardar os interesses de todas as partes envolvidas e a promover os objetivos estratégicos da PT, designadamente a sua vocação como grande empresa internacional”.
Agora é hora de esperar pela posição da Telefónica. No início da semana, rumores davam conta que a tele poderia recorrer ao Tribunal de Haia para solicitar a dissolução da Brasicel, holding que administra a Vivo. Com a holding desfeita, a Telefónica poderia ir à Bovespa e tentar comprar as ações da operadora brasileira e, assim, garantir a maior parte do controle acionário.
*Com agências Internacionais