Bancos digitais negam exposição à quebra do SDV
Os bancos digitais nacionais- Nubank, C6, Inter, Agibank, Original, PagBank e Neon – negaram ter qualquer exposição à quebra dos bancos norte-americanos SDV e Sgnitature Bank, conhecidos por financiarem startups. As instituições rejeitaram qualquer perigo por meio de comunicado aos clientes eo mercado.
A segunda-feira, 13/03, terminou menos turbulenta do que se esperava, especialmente, por conta da intervenção financeira do governo dos Estados Unidos, que assumiu os prejuízos e garantiu o dinheiro dos correntistas. Ainda assim, grandes bancos registraram quedas históricas como JP Morgan Chase, Morgan Stanley e Bank of America desabaram na bolsa de valores. Já as instituições Western Alliance Bancorp, PacWest Bancorp e Charles Schwab caíram 75,9%, 41,0% e 19%, respectivamente.
O efeito dominó da crise do SBV foi sentida na Europa. O índice bancário STOXX caiu 6,3% em sua maior queda em um dia em mais de um ano. O Commerzbank da Alemanha caiu 12,7%, enquanto o Credit Suisse atingiu um novo recorde de baixa depois de cair 15%. O regulador financeiro suíço FINMA disse que está monitorando de perto os bancos e seguradoras que supervisiona e procurando sinais de contágio do colapso do SVB e do Signature. No Brasil, Fazenda e Banco Central afirmam estar monitorando a situação, considera grave pelo ministro Fernando Haddad.
Maior colapso bancário dos Estados Unidos desde a quebra do Washington Mutual, em 2008, a falência do Sillicon Valley Bank (SVB) é consequência direta do aumento da taxa de juros no país e da desaceleração das companhias de tecnologia. Pouco conhecido fora do círculo do Vale o Silício, o SDV foi criado em 1983 e passou a ter como principais clientes as empresas de tecnologia. Assim, foi responsável por financiar quase metade das startups americanas tecnológicas e de saúde, conforme reportagens publicadas nos jornais americanos. Isso fez com que alcançasse US$ 209 bilhões em ativos totais, o que o colocava na 20ª colocação de maiores bancos dos Estados Unidos.
Ana Paula Lobo, Convergência Digital, 13 de março de 2023