Proteção online para crianças falha em 20% das visitas a sites pornôs
Programas não apresentam bom desempenho ao tentar filtrar páginas sobre anorexia, pornografia, suicídio ou auto-mutilação, diz estudo.Programas de segurança para proteger as crianças durante atividades online não são tão eficazes quando se trata de redes sociais, smartphones e videogames, segundo um estudo divulgado pela Comissão Europeia na última quinta-feira (13/1).
Embora 84% dos programas de controle parental tenham obtido resultado satisfatório com softwares instalados em PCs caseiros, eles não apresentaram o mesmo desempenho ao tentar filtrar conteúdos online via aparelhos móveis, consoles ou PC.
De acordo com a Comissão, existe 20% de chance de que conteúdos impróprios – incluindo conteúdos que promovam a anorexia, pornografia, suicídio ou auto-mutilação – possam passar pelos filtros e serem acessados livremente pelas crianças.
Atualmente, 31% dos jovens europeus acessam a Internet pelo celular, 26% jogam online em seus videogames e milhões acessam diariamente sites como Facebook e Twitter.
O relatório, realizado pela EUKIdsOnline, analisou 26 programas para PCs, três para consoles e dois para smartphones, todos voltados para controlar conteúdos impróprios para jovens.
A Comissão ainda destacou que 25% dos pais europeus usam softwares para monitorar, controlar ou filtrar a atividade online dos filhos. No entanto, o uso é muito mal distribuído entre os países da União Europeia, chegando a 54% dos pais no Reino Unido e apenas 9% na Romênia. Esse resultado pode estar ligado às limitadas opções de idiomas.
Os programas foram testados de acordo com quatro critérios: funcionalidade, eficácia, segurança e usabilidade. Para a pesquisa foram entrevistadas 25,1 mil crianças com idades entre 9 e 16 anos que utilizam a Internet e pelo menos um de seus pais.