Telebrás já faz licitação prevendo contratos de cinco anos
Antes mesmo de a holding Telebrás ser confirmada oficialmente como a empresa que será o braço governamental para o programa de governo de massificação da banda larga, ela já atua como se estivesse totalmente legalizada em seu novo papel, e não como uma empresa que ainda está em processo de liquidação extrajudicial.
É o que se pode constatar pelo recente edital de tomada de contas (lançado em janeiro) pela Telebrás, que tem por objetivo contratar uma instituição financeira para “prestação de serviços de gerenciamento de ações escriturais”, por um período de 12 meses, podendo ser prorrogado por até 60 meses (ou cinco anos).
O mais impressionante é que a Telebrás quer que essa instituição a ser contratada tenha postos de serviço com capacidade de atendimento real time “on line” em todas as capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes, e pelo menos 70% de cidades entre 100 mil a 500 mil habitantes. E esse banco de porte nacional terá que não só gerenciar as ações da Telebrás, mas até mesmo distribuir dividendos.
Para o analista de tecnologia da informação, Leonardo Araújo, o edital, ao se referir às operações que deverão ser realizadas,”permite concluir a possibilidade de a empresa vir a pagar dividendos, dar bonificações e outros direitos que só uma empresa forte e capitalizada poderia dar”. Araújo foi, por sinal, o primeiro a publicar edital em seu blog, que, estranhamente não está acessível para o internauta comum que entra na página da Telebrás. Para ter acesso a qualquer documento da estatal, é preciso fazer uma mágica com o link do endereço da empresa. Quem quiser ler a tomada de preços acesse: http://www.telebras.com.br/editais/2010/TP_01_2010/TP_01_2010_Edital.pdf