Operadores de MMDS culpam Anatel por performance do setor

fev 9, 2010 by

IdeiaA Neotec (associação que reúne operadores de MMDS) divulgou nota nesta segunda, 8, comentando os números divulgados pela Anatel no final de janeiro sobre o crescimento do mercado de TV por assinatura em 2009. No ano, segundo a agência, o mercado cresceu 18,24%, chegando a 7,473 milhões de assinantes. Contudo, as operadoras de MMDS apresentaram queda de 10,47% no número de clientes, cainco a 4,8% do market share. A Neotec afirma que entre os motivos que determinam a dificuldade em evoluir no mercado está o fato de a tecnologia ter demorado a se tornar competitiva, o que aconteceu apenas após a digitalização das redes. Contudo, lembra que o setor teve papel importante no início da TV por Assinatura no Brasil, com as primeiras operações lançadas em 1989. Somente a partir de 2004 começaram a ser disponibilizadas tecnologias para a transmissão de vídeo e, em seguida de dados, no modo digital a preços economicamente viáveis, diz a associação, destacando que, a partir de então o uso da faixa de 2,5 GHz poderia ser desenvolvido.

A associação acusa “setores da Anatel” de questionar a legalidade da prestação de serviço de banda larga pelas operadoras “sem, no entanto, formalizar a existência do suposto problema ou apresentar uma solução”. Esta indefinição é culpada, segundo a associação, por ter causado instabilidade e afastar a possibilidade de investidores nacionais e internacionais se tornarem parceiros de operadores do Brasil.

A Neotec lembra ainda que as operadoras aguardam, desde 2006, a homologação da tecnologia WiMax, que teria potencial para torná-las competitivas no setor de telecomunicações. Os operadores de MMDS criticam ainda agência por divulgar publicamente sua intenção de alterar o tamanho da faixa dedicada a eles, ameaçando com a redução do espectro do MMDS dos atuais 190 MHz para 50 MHz. Segundo a associação, tal medida decretaria “o fim do serviço no Brasil”.

Outra crítica à Anatel é sobre a renovação das licenças que deveriam ter sido renovadas em fevereiro de 2009. Como a agência não divulgou o preço da renovação, “não se sabe quando custará a renovação e sequer se sabe em que parcela do espectro poderão ser feitos investimentos”.

 

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