Operadoras cobram definição do governo sobre LTE

set 14, 2011 by

Executivos defendem uma sinalização maior sobre a licitação da faixa de 2,5 GHz, prevista para abril de 2012.

Operadoras e fabricantes reclamaram do atraso de decisões regulatórias e investimentos do governo em obras de infraestrutura para a Copa do Mundo, durante painel realizado nesta terça-feira (13), no Futurecom. Segundo o representante da ZTE, Frederico Bonincontro, para que as companhias invistam em redes 4G, como exigiu hoje a presidente Dilma Rousseff, é preciso que haja uma sinalização clara sobre como será a licitação da faixa de 2,5 GHz, que o governa já marcou para acontecer até abril de 2012.

“A antecipação da implantação do LTE no país será um grande desafio para o setor, que precisa se cercar de cuidados”, disse Bonincontro. Para ele, o ideal é de que a tecnologia já seja testada na Copa das Confederações, em 2013, em pelo menos uma cidade, mas, para isso, há gargalos a serem superados, como uma legislação única de direito de passagem.

Para o representante da TIM, Leonardo Queiroz, a tecnologia LTE é muito bem-vinda, mas precisa ser trabalhada para que possa ser utilizada depois. Ele disse que, como fornecedora oficial dos Jogos Militares, realizados este ano no Rio de Janeiro, a operadora antecipou a implantação de tecnologias e construiu redes em locais da cidade ainda não atendidos e hoje 50% dessa infraestrutura está subutilizada.

Na opinião de Queiroz, o governo precisa reduzir impostos para massificar o uso de smartphones, de forma a criar um mercado consumidor para usar o legado. Opinião semelhante defendeu o representante da Alcatel-Lucent, Luiz Tonisi, que vê a necessidade de criação de um ecossistema para garantir a utilização da infraestrutura que será construída para a Copa.

Indústria nacional

O presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Humberto Barbato, o setor de telecomunicações é essencial para o sucesso do evento. Por essa razão, elogiou a determinação do governo em desonerar a implantação de redes, mas criticou a extensão do benefício para equipamentos importados. “O governo deveria aproveitar a Copa para fortalecer a indústria nacional, mas desse jeito acabará gerando empregos fora do país”, se queixou.

Para o diretor comercial da Telebras, Rogério Boros, além dos aspectos relacionados à expansão das redes de telecomunicações, é preciso pensar em outros quesitos como os serviços e tarifas de roaming e acessos Wi-Fi, além de gargalos de saída. “É preciso construir mais cabos submarinos para atender à demanda que será gerada com a Copa”, enfatizou.

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