Cargos mais altos devem definir ética para área de TI
Segundo estudo do British Computer Society, área de tecnologia pode desafiar ética nos negócios, assunto que deve ser tratado pelos cargos mais altos das empresas.O uso da TI pode desafiar a ética dos negócios e deve ser considerado pelo conselho diretor das empresas, segundo uma pesquisa realizada pelo British Computer Society (BSC).
O estudo, lançado em parceria com o Instituto de Ética nos Negócios (IBE, da sigla em inglês), diz: “Para qualquer projeto de negócios a política de ética da empresa precisa ser considerada e isso inclui qualquer projeto envolvendo TI”.
Fazer negócios eticamente vai além das questões legais, de acordo com a pesquisa. E as principais ferramentas corporativas para implantar valores éticos incluem um código de ética e uma declaração de princípios empresariais para guiar os funcionários. Isso além dos próprios códigos de ética de conselhos profissionais.
“A evolução da política ética da empresa deve ser incluída nas operações de TI, bem como o acompanhamento dos resultados das iniciativas deve ser incorporado a práticas e códigos de ética da empresa”, afirma o autor do relatório e diretor do BCS, Penny Duquenoy.
A área de TI pode desafiar a ética em circunstâncias em que promove mudanças, como, por exemplo, em processos e procedimentos, quando traz à tona dilemas éticos que ainda não são previstos no código existente. A tecnologia da informação pode levantar questões ambientais, com o dilema sobre custos de substituição de velhos equipamentos e implantação de novos, mais eficientes em temos de consumo de energia, sendo comumente aceitos.
Além disso, a competição e a pressão por inovação podem levar à adoção de tecnologia que ainda não foi aprovada e testada sem considerar os efeitos para o negócio e acionistas. Os dilemas éticos também podem surgir no trato com fornecedores. A complexidade tecnológica pode deixar empresários vulneráveis à exploração de fornecedores e terminologias técnicas podem ser um obstáculo entre as áreas de TI e de negócios.
Duquenoy ressalta também a importância de alinhar tecnologia e negócios para evitar escorregadas éticas. “Isso significa assumir a responsabilidade, no nível gerencial”, observa.