Oi registra prejuízo de R$ 221 milhões no segundo trimestre

ago 7, 2014 by

A Oi amargou um prejuízo de R$ 221 milhões no segundo trimestre, o que, deduzido do lucro líquido de R$ 228 milhões do primeiro trimestre, diminui para apenas R$ 7 milhões seu resultado no primeiro semestre de 2014. No segundo trimestre do ano passado a empresa também havia registrado prejuízo líquido, mas de menor porte: R$ 124 milhões e acumulava lucro de R$ 138 milhões no semestre. Os resultados fazem parte do balanço consolidado pro-forma juntando as operações da Oi no Brasil e da Portugal Telecom.

 

O Ebitda da companhia caiu 21,3% na comparação anual entre trimestres, baixando de R$ 3,8 bilhões para R$ 2,6 bilhões. E a margem Ebitda despencou de 36% para 28,3%. A receita líquida, por sua vez, ficou estagnada no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado: R$ 9,02 bilhões (crescimento de 0,4%). O Brasil respondeu por 77% da receita líquida no período, enquanto Portugal, por 21%, e outros países, por 2%.

A operação brasileira registrou queda de 2% em sua receita líquida devido a três razões: 1) redução na receita com as tarifas de interconexão de rede móvel (VU-M); 2) queda na receita de voz fixa; 3) e diminuição do tráfego de voz e dados em junho, em razão da menor quantidade de dias úteis. Em compensação, alguns fatores amortizaram essas perdas: aumento da receita com aparelhos; melhora na receita de TV paga; e crescimento na receita com recargas móveis.  A divisão da receita líquida da operação brasileira por segmento entre abril e junho foi a seguinte: R$ 2,52 bilhões vieram do segmento residencial; R$ 2,23 bilhões, de mobilidade pessoal; R$ 2,1 bilhões, do corporativo; e R$ 89 milhões, de outros. Os três primeiros registraram pequenas quedas em relação ao mesmo trimestre de 2013.

A redução na receita da operação brasileira foi compensada pelo aumento de 9,5% na receita líquida proveniente de Portugal, que subiu de R$ 1,69 bilhão para R$ 1,85 bilhão, com a seguinte divisão: residencial (R$ 534 milhões), mobilidade (R$ 474 milhões), corporativo (R$ 577 milhões) e outros (R$ 268 milhões).

Operação

O grupo encerrou o mês de junho com 102,15 milhões de unidades geradoras de receita, o que representa um crescimento de 1,9% em 12 meses. Desse total, 74,9 milhões estão no Brasil; 12,94 milhões, em Portugal; e 14,31 milhões, em outros países.

No Brasil, o segmento residencial registrou queda da base de usuários em todos os serviços em 12 meses. A quantidade de linhas de telefonia fixa caiu 7,2%, fechando o trimestre com 11,36 milhões. O número de residências com banda larga fixa caiu 0,5%, baixando para 5,27 milhões. Em TV paga, cabe ressaltar que a quantidade de lares com o serviço diminuiu 0,5% em 12 meses, mas aumentou 7% em relação ao primeiro trimestre, fechando junho em 887 mil, o que indica uma tendência de melhora. A receita média mensal por residência da Oi no Brasil foi de R$ 73,9 no segundo trimestre, o que significa um crescimento de 5,3% em um ano. A redução da base de telefonia fixa e de banda larga foi atribuída a uma política de crédito mais conservadora pela empresa e a uma greve dos instaladores terceirizados em Salvador e no sul do País. Em TV paga, o crescimento da base é explicado pelo relançamento do serviço, com mais canais em alta definição graças a um aumento da capacidade satelital.

Em mobilidade, a Oi encerrou o mês de junho com 48,62 milhões de usuários no Brasil, o que representa um crescimento de 3,7% em 12 meses. Desse total, 41,8 milhões eram pré-pagos e 6,8 milhões, pós-pagos.

Dívida

A dívida líquida consolidada do grupo deu um salto no segundo trimestre, por conta da inclusão da Portugal Telecom no balanço. Era de R$ 30,29 bilhões em 31 de março deste ano e passou para R$ 46,24 bilhões em 30 de junho, um aumento de 52,6%. A companhia ressalva, contudo, que a necessidade de financiamento no curto prazo é baixa, já que 40% da dívida vence em 2019. O prazo médio de vencimento da dívida é de quatro anos.

O fluxo de caixa livre ficou negativo em R$ 300 milhões, mas um ano antes era negativo em R$ 1,3 bilhão, o que representa uma melhora.

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