Telefónica diz que não há urgência por consolidação do setor no Brasil
O conselheiro e diretor-geral de estratégia da Telefónica na Espanha, Santiago Fernández Valbuena, disse nesta quinta-feira acreditar que a redução de operadores no mercado brasileiro seria positiva para o país. Desse modo, disse que a companhia não descarta adquirir uma participação na TIM Brasil. O executivo reconhece que um processo como esse é difícil, mas necessário num momento como esse.As afirmações foram feitas durante o XVI Foro Latibex, organizado pela Bolsa de Madri (BME), segundo o site do jornal espanhol “El Economista”.
O executivo tem destacado a importância crescente da América Latina para o grupo Telefónica. “É onde está 100% do nosso crescimento futuro”, afirmou. “E também onde está quase metade no nosso negócio.”
De qualquer modo, Valbuena destacou que o investimento na América Latina requer mais tempo que dinheiro, pois não se pode chegar e fazer negócios rapidamente. A companhia tem reiterado que o foco no momento é resolver a questão regulatória que envolve a compra da GVT para concluir o negócio.
A Telefônica Brasil é fundamental para o projeto da Oi de fazer uma oferta pela TIM Brasil, dividindo a operadora com a Claro, do grupo América Móvil, e Telefônica Vivo. A subsidiária espanhola tem menos de 10% de participação de mercado no Nordeste, portanto, seria a solução para evitar a concentração de mercado na divisão da TIM e reduzir os problemas junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
“Sem a Telefônica, a compra da TIM não sai”, disse ao Valor uma fonte que acompanha as negociações, mas prefere não se identificar.