Abinee propõe compartilhamento de riscos em inovação
O presidente da entidade, Humberto Barbato, sugeriu que a contrapartida pode se dar por meio de compras públicas.
Na visão do presidente da Abinee, Humberto Barbato, para enfrentar problemas com insegurança jurídica, pesada carga tributária, câmbio desajustado e outros fatores do Custo Brasil, as empresas precisam do apoio efetivo do governo para alavancar a inovação no país. “Nos países bem sucedidos nesta área, o compartilhamento de riscos é fator essencial. Principalmente, nos países do leste asiático que já se tornaram exemplos”, afirmou Barbato, ao participar do 3º Encontro Nacional de Inovação Tecnológica da Indústria Elétrica e Eletrônica, que reuniu empresários do setor eletroeletrônico e representantes de órgãos governamentais para debater a questão da inovação no país.
O evento abordou temas como fomento à inovação – subvenção e apoio tecnológico; compartilhamento de riscos na inovação; e políticas públicas – compras governamentais e incentivos à inovação.
Segundo Barbato, o Brasil deve utilizar as compras públicas neste sentido. Citando o embaixador do Brasil para o Mercosul, Regis Arslanian, que classificou as demandas do governo como a verdadeira jóia da rainha, Barbato afirmou: “não podemos guardar estas jóias em um cofre, inviabilizando o acesso por parte das empresas instaladas no país.” Ele destacou, ainda, a oportunidade da indústria dialogar com o governo temas que preocupam as empresas. “Nosso objetivo é angariar subsídios para que possamos desenvolver ações pertinentes junto aos ministérios e entidades públicas, visando uma maior competitividade da nossa indústria, evitando, assim, o agravamento do processo de desindustrialização em vigor hoje no Brasil”, observou.