AGU desmente benefício com resgate da Telebrás

fev 25, 2010 by

AGUUso da rede de fibra óptica não beneficiará massa falida da Eletronet, sócios, credores ou qualquer grupo privado, esclarece Advocacia-Geral da União.

A Advocacia Geral da União (AGU), responsável pelo processo judicial de retomada da rede de fibras ópticas da Eletronet pelo governo federal, concedida em dezembro de 2009, publicou nota nesta terça-feira (23/1), desmentindo informações publicadas em reportagens do jornal Folha de S. Paulo, na mesma data.

As reportagens “Nova Telebrás beneficia cliente de Dirceu” e “Dirceu recebe empresa por trás da Telebrás”, publicadas ontem, afirmam que o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu recebeu 620 mil reais, entre 2007 e 2009, do empresário Nelson dos Santos, que detém 49%  de participação na Eletronet, cuja rede será usada para prover infra-estrutura ao Plano nacional de Banda Larga (PNBL) do governo.

De acordo com o jornal, o empresário poderia ser beneficiado em 200 milhões de reais, valor referente a uma caução que deve ser paga pelo governo federal para retomar a falida Eletronet. A empresa possui uma rede de 16 mil quilômetros de caos de fibra óptica em 18 Estados brasileiros e uma dívida de 800 milhões de reais.

No comunicado, a AGU ressalta que a caução atenderá exclusivamente a eventuais direitos de credores da Eletronet e não dos seus sócios. “A utilização que vier a ser dada à rede de fibras ópticas não beneficiará a massa falida da Eletronet, seus sócios, seus credores ou qualquer grupo empresarial privado”, esclarece o órgão.

Ainda de acordo com a AGU, a “eventual reativação da Telebrás não vai gerar receitas ou direitos de crédito para a massa falida da Eletronet, seus sócios, credores, ou qualquer grupo empresarial com interesses na referida massa falida”.

O PNBL deve ser apresentado no início de março, informou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na última sexta-feira (20/2), quando também confirmou o resgate da Telebrás como sendo o braço do governo na execução do projeto. O plano tem a missão de conectar 64% da população brasileira em banda larga até 2014.

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