Brasil está entre países mais vulneráveis a ataques virtuais na América Latina
A Appgate, empresa especializada em acesso seguro e segurança cibernética, fez um mapeamento dos principais focos de ciberataques ocorridos na América Latina neste ano. De acordo com o levantamento, os países que registraram maior número de ocorrências foram Brasil, Equador, Colômbia e Argentina.
Os dados apontam que, em junho, Argentina e Equador tiveram um pico de ataques de phishing. Segundo a empresa, o aumento de fraudes (canais digitais e transações com cartões em um ambiente virtual) é uma constante desde o início da pandemia, em 2020.
O relatório aponta que, em média, por mês, quase mil ameaças foram neutralizadas pela empresa. As modalidades de crimes cibernéticos monitoradas na região foram:
Phishing – 50%
Perfis falsos (Instagram, Twitter, Facebook) – 25%
Redirecionamento para phishing – 17%
Aplicativos móveis falsos – 7%
Investimento em novas tecnologias
O crescimento transacional e a utilização de novos canais digitais implicaram no reforço das estratégias de autenticação na América Latina, reflexo disso é o aumento de quase 400% no volume de autenticações em algumas organizações digitais (como novos bancos digitais) da região. O uso de esquemas de autenticação baseados em mobile (soft token) foi o que mais cresceu, mas o uso de One Time Password (OTP) também apresentou um aumento em seu uso, principalmente para solucionar as necessidades digitais de novos usuários.
A Appgate destaca o caminho que as empresas estão seguindo com modelos de autenticação que gerem melhores experiências e resolvam necessidades no mundo digital e físico. Segundo a empresa, houve um aumento de clientes que estão desenvolvendo suas estratégias a partir do uso de autenticações push na região, um avanço em experiências omnichannel e de segurança para os clientes.
A necessidade de administrar as fraudes de forma eficiente e, ao mesmo tempo, evitar impactos nas organizações e nos clientes, também levou os órgãos reguladores da América Latina a fornecer orientações de acordo com as necessidades e riscos que surgem. Essas orientações têm alguns pontos em comum nos diferentes países da região e podem ser descritos em quatro pilares fundamentais que a Appgate recomenda às organizações da região:
Gerenciamento e monitoramento de ameaças digitais, além da proteção de portais ou aplicativos transacionais;
Autenticação forte e/ou multifatorial para identificação de usuários em ambientes físicos e digitais;
Análise de risco transacional que permita detectar anomalias com base no perfil transacional do usuário;
Segurança no acesso à infraestrutura ou recursos críticos dentro das organizações.
João Monteiro , IP News, 06 de dezembro de 2021