Campus Party 2010 – “Sociedade precisa debater plano de banda larga”, diz Gil.
A banda larga é o meio de distribuição da riqueza digital. Cabe ao estado desenvolver políticas para distribuir esta riqueza em uma direção ou outra, disse hoje o ex-ministro Gilberto Gil, em debate sobre o plano nacional de banda larga na Campus Party. Por isto, porque necessita de medidas legais e regulatórias e porque a oferta de acesso ao mundo digital envolve diversos e enormes interesses, afirmou, um plano nacional de banda larga, para criar a banda larga pública, é necessário. “A riqueza digital tende, como todas as outras, a se acumular. Qual o papel do estado no sentido de democratizar, demografizar esta riqueza?”, perguntou.Demografizar significa tornar a estrutura acessível mesmo em municípios com menos de 40 mil habitantes – que são a grande maioria dos municípios do país, como observou Luiz Fernando Pezão, vice-governador de São Paulo, no mesmo debate.
“O que VOCÊ sabe sobre este plano?”, respondeu Gil a uma jornalista que perguntou, ao fim das exposições, o que se sabia sobre o plano do governo. “Como qualquer outro plano nacional, este precisa ser debatido publicamente”. O papel do estado e da iniciativa privada precisa ser pactuado para que o plano se efetive, afirma Gil, e a sociedade precisa sinalizar, ao governo, qual é o seu interesse. “E para o debate acontecer, é preciso que o público tenha os subsídios necessários”, completa.