Com Samsung, Apple e 36 operadoras, Origem Verificada já tem 3 bilhões de ligações

out 15, 2024 by

A Anatel prepara para as próximas semanas um “grande evento” para anunciar o funcionamento do Origem Verificada, versão brasileira da tecnologia que permite a identificação das chamadas como forma de reduzir ligações indesejadas e fraudes.

“O trabalho de implantação do Stir Shaken está chegando ao fim. Temos já toda uma parte de segurança de rede realizada e estamos no aguardo para adaptação e atualização de todos os celulares 4G. Mas o fato é que já temos rodando nas redes chamadas que identificam e autenticam as ligações. Até o momento, desde o início dos testes, já tivemos 3 bilhões de chamadas autenticadas e identificadas”, afirma a conselheira da Anatel, Cristiana Camarate.

Stir Shaken é o nome original da tecnologia – sigla em inglês para Secure Telephone Identity Revisited, ou Identidade telefônica segura revisitada – que, como explicou a conselheira, faz a identificação e confirmação automatizada de que uma ligação está sendo realizada por uma empresa real, detentora efetiva da linha que está sendo utilizada. E essa identificação é apresentada a quem recebe na tela do celular.

“O que precisa é que o celular tenha tecnologia 4G. Nossa expectativa é que os principais fabricantes atualizem os celulares que estão na praça até o fim do ano. O critério para essa atualização privilegia os modelos que têm uma maior pena penetração”, explica a conselheira. Segundo a Anatel, Samsung e Apple se comprometeram a avançar nessa atualização até a virada para 2025.

Até aqui, pelo menos 36 empresas de telecomunicações já aderiram ao Origem Verificada, número que vai subindo gradualmente e tende a ser cada vez maior a partir do uso efetivo do sistema. “Quanto mais consumidores souberem da existência, melhor porque eles próprios vão cobrar de seus fornecedores, das lojas, dos bancos, para que também embarquem no projeto e que passem a fazer ligações a partir da Origem Verificada, gerando segurança para eles”, diz Camarate.

Luís Osvaldo Grossmann, Convergência Digital, 14 de outubro de 2024

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