Hotspots Wi-Fi não decolam no Brasil
Apesar de serem considerados cruciais para a disseminação do acesso à Internet, os pontos de acesso Wi-Fi não têm apelo comercial no Brasil. Segundo dados publicados pelo portal Teleco (www.teleco.com.br) , compilados junto ao site JiWire, em São Paulo, existem, hoje, 2448 hotspots – a maior parte dos acessos sem fio disponíveis no Brasil.No Rio de Janeiro, esse número cai para 461. No Distrito Federal são 156. No Paraná, 150. No Rio Grande do Sul, 134 e em Minas Gerais não passam de 93. A diferença de estratégia com o mundo Wi-Fi fica gritante numa comparação mundial.
Nos Estados Unidos existem 292.383 hotspots. Na China, 69.758. No Reino Unido, 28.874 e na França, 26.307. Um dos maiores incentivadores do uso do Wi-Fi, a Intel, bem que no início tentou ser a ‘fomentadora’ dos hotspots Wi-Fi no país, mas depois, desistiu do projeto, até em função da sua escolha pela tecnologia WiMAX.
Nesse momento, os maiores incentivadores dos hotspots são os projetos de Cidades Digitais, custeados pelo governos do Estado e do município. Eles ampliam o número de hotspots para acesso à Internet, como é o caso do Rio Digital, que leva a tecnologia sem fio para bairros e favelas com menor poder aquisitivo, do BH Digital, que recém-ativou 30 hotspots, ou no Acre, que na semana passada lançou o programa Floresta Digital.
A iniciativa pretende levar internet sem fio (Wi-Fi) gratuita a todo o Estado, onde há cerca de 700 mil habitantes em uma área de mais de 150 mil quilômetros quadrados. Segundo o governo, o Floresta Digital projeto já conta com 80% de cobertura Wi-Fi na capital, Rio Branco. A proposta é que até o fim do ano todo o Estado tenha acesso a esse tipo de conexão.
Os hotspots Wi-fi são instalados, em sua maioria, em frequências gratuitas como a de 2,4GHz, onde há um ‘congestionamento’, uma vez que há muitos interessados em usar essa faixa, e em 5,8 GHz, também gratuita – e sem necessidade de solicitação de licença de uso junto à Anatel.