Plano popular de telefonia cresce quase 90%, mas se concentra em São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro
Depois de muitos anos “andando de lado”, o número de assinantes do Aice (Acesso Individual Classe Especial), uma espécie de plano popular de telefonia fixa obrigatório pela regulamentação do serviço, deu um salto de 88,4% no ano passado, passando de 61,6 mil assinantes para 116,1 mil entre janeiro e dezembro. Apesar do crescimento expressivo, mais de 50% dos novos assinantes estão nos estados de São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro. Os dados constam do Relatório Anual das atividades da agência, divulgado nesta sexta, 6.
O assunto foi debatido na reunião do Conselho Consultivo da Anatel realizada nesta sexta. O superintendente de Planejamento e Regulamentação, José Alexandre Bicalho, explicou que o crescimento é resultado de uma ação da agência que exigiu das concessionárias a veiculação de uma propaganda que tivesse mais apelo ao consumidor. O número é, ainda assim, irrisório se comparado aos 42 milhoes de assianntes de STFC no Brasil.
Segundo ele, até então, as propagandas do telefone popular tinham um caráter “institucional” e não comercial. “Até 2012, as propagandas nunca eram comerciais, eram institucionais. Isso a gente inverteu no ano passado e a gente já conseguiu fazer uma propaganda com cara de móvel e já gerou os resultados apresentados aqui”, afirmou ele.
Desenhado em conjunto com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o plano de comunicação previu vídeo e spot para veiculação em espaços de mídia gratuita em rádio e televisão.
O superintendente acrescenta ainda que o preço do serviço – que hoje é de R$ 9,50 sem impostos – vai baixar por conta da revisão dos contratos de concessão, que geram um impacto na tarifa. Nessa revisão, explica Bicalho, a ideia é que a redução seja realizada de forma regionalizada. “Nessa proposta que tenta concentrar todos os recursos que são decorrentes da concessão, como saldo do backhaul etc., e gera uma possível redução tarifária que seria feita de forma regionalizada, aí a gente inverteria a lógica e acaba afetando o Aice