Protótipos da antena e conversor da TV 3.0 são apresentados ao governo
O secretário de Comunicação Social Eletrônica do Ministério das Comunicações, Wilson Diniz Wellisch, acompanhou, no último domingo, 6, em Las Vegas (EUA), a apresentação dos primeiros protótipos da antena e do conversor da TV 3.0.
A demonstração ocorreu durante um painel na NAB Show, evento do setor de radiodifusão. Raymundo Barros, presidente do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD), conduziu a apresentação.
Durante o painel “Status e Perspectivas do DTV+: Fórum SBTVD & Ministério das Comunicações”, Wilson Wellisch expressou satisfação com a apresentação dos protótipos, descrevendo-os como algo “palpável, para todo mundo ver”. Ele também abordou a questão do custo dos equipamentos para o público, buscando “desmistificar” a percepção de preços elevados.
O presidente do Fórum SBTVD, Raymundo Barros, apontou que os custos serão acessíveis e não prejudicarão a experiência do telespectador. “Não pode ser caro no longo prazo — e não vai ser. Os primeiros produtos podem, sim, ter um custo um pouco mais alto no início, mas depois os preços caem rápido com a grande escala. A tendência é que os preços despenquem em um ano”, disse Barros.
Para a radiodifusão, é fundamental que o novo padrão garanta que os televisores, bem como as caixas receptoras avulsas, contem com uma antena MIMO embarcada nos dispositivos. Sem isso, não acreditam que se possa viabilizar a TV 3.0 com recepção indoor garantida. Uma preocupação é a recepção pelo sinal da TV aberta seja, no mínimo, tão simples quanto a recepção pelo Wi-Fi.
Assim como na transição da TV analógica para a digital, a TV 3.0 demandará inicialmente um conversor para os aparelhos que não possuírem a tecnologia integrada. Wilson Wellisch informou que o governo estuda a possibilidade de fornecer os equipamentos gratuitamente para famílias de baixa renda.
A TV 3.0 representa um novo padrão para a TV aberta, com a integração total dos canais à Internet. A tecnologia eliminará os canais numéricos, substituindo-os por aplicativos nos aparelhos, o que permitirá uma navegação mais interativa e a oferta de conteúdo sob demanda. A qualidade de imagem será aprimorada, passando do Full HD para 4K ou 8K, com melhorias em cor, nitidez e contraste através de tecnologias como HDR (High Dynamic Range), além de proporcionar som imersivo. A migração para a TV 3.0 será gradual, começando pelas grandes capitais.
Fernando Lauterjung, Teletime, 7 de abril de 2025
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