“Plano de Aceleração da Banda Larga” – o PNBL em novo paradigma
É importante atentar para o fato de o PNBL (e a Telebrás, por vias de consequência ) ter passado a figurar em um novo paradigma, o qual pode alterar radicalmente o quadro que vigiu entre julho e dezembro de 2010.Definitivamente, saímos do período de indefinição, onde predominavam as expressões “eu acho”, “talvez”, “pode ser” e mesmo o silêncio das autoridades. O que se viu nesses onze dias de governo foi uma atitude firme, decidida e proativa da Presidenta e, principalmente do seu Ministro das Comunicações, em prol do andamento do Plano Nacional de Banda Larga.
Se alguém queria “pronunciamentos governamentais” sobre o assunto, nunca houve tantos em tão pouco tempo, basta ler os jornais desse período. E não foram de Rogério Santanna ou de Cezar Alvarez, mas sim da Presidenta Dilma e do Ministro Paulo Bernardo, deixando claro ao País que o PNBL não é mais uma iniciativa do segundo escalão, mas sim uma política de governo – aliás, a principal delas no atual momento.
Evidentemente, o novo paradigma trará consequências na política e na economia. Na primeira, o governo já deixou claro: o que se referir às Comunicações estará nas mãos do PT – e a “montagem” do Minicom e dos órgãos a ele ligados não deixa dúvidas a respeito: lá estão os principais artífices do PNBL, como Paulo Bernardo, Cezar Alvarez, Nélson Fujimoto, Rogério Santanna, etc., só faltando ainda a nomeação de André Barbosa.
Na economia, como qualquer engano estratégico pode significar pesados prejuízos, somente agora, após estar claro o rumo político, é que as engrenagens começarão a se mexer. Afinal, são muitos milhões (ou bilhões) de reais que, direta ou indiretamente, serão injetados e/ou movimentados na indústria e no comércio de bens e serviços nos próximos anos.
Ao dizer que quer um “PAB – Plano de Aceleração da Banda Larga”, o competente e sério Ministro Paulo Bernardo não fez apenas um trocadilho com o PAC. Longe de ser apenas divertida, a afirmação sintetizou toda a força e determinação com o que o atual governo pretende realizar a inclusão digital dos brasileiros e a preparação do País para a Copa de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016.
E não só isso. Dilma e sua bem escolhida equipe ministerial estão mirando muito mais longe, pois têm plena consciência que a concretização do PNBL é passo fundamental para levar o Brasil à condição de potência econômica em curto espaço de tempo.
Nesse cenário, ressalta a relevância da atuação da Telebrás como empresa líder de todo o processo e principal instrumento para viabilizar as políticas públicas a serem implementadas.
Assim, não se espere que ela fique em plano secundário ou que não seja contemplada com as verbas que necessita para concretizar as ações imediatas e futuras que darão forma ao PNBL. A Lei nº 12.380, de 10/01/2011, possibilita as mais criativas, engenhosas e reais formas de capitalizar as estatais, bastando que haja vontade política para tanto – e essa não parece estar faltando.
Sintetizando em uma expressão popular, a percepção das forças políticas e econômicas com relação ao PNBL e a Telebrás é que “agora vai!”.
Então, se é para o bem de todos e para a felicidade geral da Nação, que o “PAB” e a inclusão digital sejam muito bem-vindos!
*Leonardo Araujo é analista de informações e escreve no blog “Insight – Laboratório de Idéias”