Quatro conselheiros assinam carta em defesa da transparência

abr 27, 2010 by

Um artigo publicado hoje pelo jornal Folha de S. Paulo e assinado por quatro e não cinco conselheiros da Anatel mostra o grau de disputa interna em que se encontra a agência. Para se defenderem de um editorial do jornal, que apoiava a posição da conselheira Emilia Ribeiro em favor da abertura das reuniões da Anatel, os quatro dirigentes – Ronaldo Sardenberg (presidente), Domingos Bedran, João Rezende e Jarbas Valente assinam a nota tornando pública a disputa que se trava nos bastidores.
Há muito que não se assistia a uma maioria tão grande na agência, de quatro conselheiros, contra um. Conforme o artigo publicado na Folha, os conselheiros se insurgiram à ideia de que somente a conselheira Emilia Ribeiro –  que tornou pública a sua proposta – defendesse  a transparência da agência. “É equivocado e injusto expor os demais membros do conselho diretor como resistentes à medida de ampliação da transparência, a qual, antes que percorresse todos os procedimentos internos, foi tornada pública sem conhecimento do colegiado. Acrescente-se que mecanismos de ampliação de transparência já estavam sendo tratados conjuntamente por todos os conselheiros”.

Em outro momento do artigo, os conselheiros voltam a criticar a postura da conselheira, porque “uma proposta isolada foi antecipada ao andamento normal de outra, que estava e está em elaboração pelo conjunto do conselho. Criou-se, assim, a impressão errônea de que existiria apenas uma iniciativa, de autoria exclusiva de um dos membros do conselho”.

Pelo menos um conselheiro já manifestou ao Tele.Síntese que não considera que a realização de reuniões abertas do conselho diretor como a melhor alternativa para tornar a agência mais transparente. No entender desse dirigente, essa iniciativa acabaria gerando um reunião muito formal e  burocrática, pois os conselheiros ficariam presos à leitura dos votos. Para ele, a realização de mais sessões públicas – quando a Anatel ouve também o contraditório – poderia ser uma melhor saída.

O importante é que o debate está aberto e a sociedade quer dele participar.

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