Regra do SeAC pode ser estendida para TV aberta, diz Bernardo.

ago 3, 2012 by

O conceito de quem produz não distribui, instituído na lei da TV paga, pode entrar na proposta de alteração do marco regulatório da mídia eletrônica em estudo no MiniCom.

A regra existente na lei de TV por assinatura – de quem distribui não produz conteúdo – pode ser transportada para a regulação da TV aberta, informou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, no programa 3 a 1 da TV Brasil, que foi ao ar na noite de quarta-feira (1º). Ele admitiu que a proposta de alteração do marco regulatório da mídia eletrônica não recebeu a mesma prioridade que outros assuntos da pasta, como telefonia móvel e acesso à internet. Mas esclareceu que o tema não foi abandonado.

“Esse setor da mídia eletrônica tem que ser regulado até para ser protegido”, defendeu o ministro. Segundo ele, enquanto as telecomunicações terão um faturamento de R$ 200 bilhões este ano, a mídia eletrônica não deve chegar a faturar R$ 20 bilhões. “Tenho discutido isso dentro e fora do governo, mas o setor resiste porque acha que o governo vai interferir no conteúdo, vai querer fazer censura. É uma coisa que não tem cabimento nenhum, não passa pela nossa cabeça e se passasse seria proibido pela constituição”, afirmou.

Bernardo disse que os pontos que precisam ser regulados sobre conteúdo já estão na constituição, como propaganda de cigarro ou de bebidas e das produções nacional e independente. “Essas questões de regulação de conteúdo se limitam a isso”, reforçou, lembrando que na lei de TV por assinatura, que é mais moderna, já tem obrigação de transmissão de conteúdos nacional e independente, que valoriza a cultura, aumenta o mercado de trabalho.

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