Telebras busca sócios privados em coligada para explorar telecomunicações

jun 11, 2024 by

A Telebras abriu nesta segunda, 10/6, uma consulta, no formato de ‘Request for Information’, “em busca alternativas econômicas e tecnológicas que representem um ganho de eficiência operacional na gestão da sua infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação”.

A ideia é explorar a estrutura da Telebras em modelo de parceria, como empresa coligada, sendo uma S/A de capital fechado e tendo a Telebras acionista com até 49% (integralização em ativos); estrutura prevendo presidência e conselho; possibilidade de superação das limitações de dependência de terceiros e do orçamento federal; atração de investimentos privados e ganhos de escala com atuação em novos mercados.

A empresa destaca que “possui um ativo com mais de 30.000 km de rede óptica, que é relevante para o provimento de serviços de comunicação multimídia, além do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação – SGDC. Nesse contexto, há espaço para atualização e a expansão da rede, em parceria com a iniciativa privada”.

A Telebras, sua coligada, ou qualquer estrutura que venha a ser consolidada, seguindo esse modelo, “poderia se beneficiar dos ativos de terceiros, focando em uma participação da exploração ou venda (Revenue Share) de diversos ativos, incluindo os próprios, que poderia ou não estar sob a gestão de terceiros, conquanto seja possível e não descaracterize a empresa e não impacte nas políticas públicas de telecomunicações, conforme os instrumentos de sua criação e objetivos que lhe foram atribuídos”.

Como potenciais parceiros, a Telebras lista Provedores de Soluções, que oferecem produtos e serviços em TI e Telecom (TIC); Proprietários de Ativos, normalmente atuando em outros segmentos, mas com ativos de TIC como fibras ópticas apagadas ou pouco; Parceiros Financeiros que percebam, no agrupamento de empresas, uma nova Operadora com corpo e volume para atuação e recebimento de aportes financeiros ou, ainda, Provedores de Acesso que já atuam no mercado de TI e Telecom, ganhando escala e ultrapassando fronteiras, expandindo seus projetos individuais.

“Em um projeto de redes onde um cliente possui necessidades de cobertura ou escopo que excedem as capacidades dos parceiros individualmente, a empresa coligada se firmaria com o papel vital de unir os diversos provedores para atender coletivamente à demanda. Esse papel de coordenação é fundamental e, por isso, parte da receita gerada é reservada para a coligada por esta atividade, garantindo que a gestão operacional seja mantida e aprimorada, enquanto todos os envolvidos são justamente compensados por suas contribuições específicas ao projeto.”

Luís Osvaldo Grossmann, Convergência Digital, 10 de junho de 2024

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