Telebrás deve fechar este mês acordo com elétricas e Petrobras
Mas a possibilidade de redução do preço do link, reivindicada pelos provedores, dependerá do fechamento dos custos da estatal. O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, espera fechar ainda este mês os acordos com a Petrobras e as elétricas (Eletrobrás, Furnas, Eletronorte e Chesf) para aluguel das fibras que serão usadas no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Ele disse que praticamente é essa a providência que falta para começar a levar o backbone e o backhaul para as primeiras 100 cidades.
Santanna disse que as tratativas já estão adiantadas e não será difícil chegar a um acordo. “O próprio ministro Paulo Bernardo já conversou com o ministro das Minas Energia, Edson Lobão, sobre a importância disso”, comentou.
Segundo Santanna, a Telebrás vai pagar pelo aluguel da fibra apagada para as elétricas federais e a Petrobrás. No caso das distribuidoras estaduais, a situação dependerá de negociação caso a caso. “Algumas distribuidoras, como a Copel do Paraná, já tem programas nessa área, em outros, não. São situações bastante diferentes”, disse. Mas acredita que a Telebrás poderá alugar fibras apagadas dessas distribuidoras.
O presidente da Telebrás ainda não fechou o preço do aluguel com as empresas, mas disse que, internacionalmente, o valor pago por fibras apagadas caiu muito.
Preço do link
Rogério Santanna, que fez nesta quarta-feira (12) uma apresentação da situação da Telebrás para o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que não entrou em detalhes sobre as queixas dos provedores com o preço do link estabelecido pela estatal. “O ministro até brincou comigo sobre esse assunto, mas mostrei uma relação dos preços de 272 provedores que já confirmaram o interesse em firmarem parceria com a Telebrás e nenhum deles consegue atualmente link a preço abaixo do que estamos propondo”, ressaltou.
Ontem, representantes dos provedores de internet, em encontro com o ministro Paulo Bernardo, disseram que nos grande centros é possível comprar link de até R$ 180. Santanna afirmou que só os grande provedores, com poder de fogo de negociação, conseguem esse preço em algumas praças.
Mas Santanna não descartou a possibilidade de reduzir o valor estabelecido de R$ 230 por link de 1 Mbps.”Ainda é cedo para falar disso. Primeiro é preciso fechar os contratos de equipamentos e serviços para saber quais serão os nossos custos para depois avaliar se é possível”, disse.
Para Santanna, a redução do preço do link irá retardar o retorno do investimento da empresa. “É uma decisão que o governo precisa tomar.
Articulação
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, enfatizou ainda ao presidente da Telebrás, que os projetos de inclusão digital devem ser articulados, de forma a potencializar os resultados. Ou seja, as discussões sobre o PNBL devem também levar em conta o programa de cidades digitais, do Gesac e de Teelecentros.Br.