Teles pedem que regulamentação evite lista de exceções à neutralidade
Na consulta feita pela Anatel para subsidiar a regulamentação do Marco Civil da Internet – encerrada nesta terça-feira, 19/05 – a posição das operadoras de telecomunicações é pelo mínimo: nada de uma lista extensiva de exceções à neutralidade de rede, de preferencia deixando a avaliação caso a caso de eventuais violações.
“No atual estágio de maturidade do mercado brasileiro da internet – com elevada competitividade – a solução mais condizente seria de uma regulamentação baseada em princípios gerais, com a avaliação de casos específicos a posteriori”, sugere a Telefônica/Vivo – em uma amostra do que também sugerem TIM, Claro, Nextel e diferentes sindicatos empresariais do setor.
A indústria vai na mesma linha. As contribuições feitas pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – que são idênticas às apresentadas pela Ericsson – igualmente sustentam uma regulamentação flexível e, de preferência, a partir de princípios, não regras específicas.
“Não acreditamos ser viável a determinação detalhada de requisitos técnicos. Deve-se fixar critérios claros e objetivos, de forma genérica e principiológica, estabelecendo orientações das condutas que podem ser adotadas no gerenciamento de rede”, diz a Abinee.
De forma semelhante é a sugestão da Qualcomm. Para a fabricante, “requisitos técnicos não deveriam ser elencados de maneira exaustiva, e o princípio de gerenciamento razoável da rede deve ser aplicado para garantir a prestação adequada de conteúdo, aplicações e serviços legais na Internet”.
Luís Osvaldo Grossmann, Convergência Digital, Quarta-feira, 20 de Maio de 2015