TIM vai à justiça por diferença no 4G e abre mão do 1,8 Ghz
O presidente da TIM Brasil, Rodrigo Abreu, disse nesta segunda-feira, 01/12, que a operadora vai pagar à vista o R$ 1,7 bilhão pela faixa de 700 MHz, mas as assumiu que contestará os R$ 62 milhões que, na visão da operadora, foram indevidamente adicionados na conta. Para o executivo, esse cálculo “veio de uma suposição de economia fiscal, mas que não estava previsto no edital. Há controvérsia sim”.
A TIM Brasil também desistiu de pagar R$ 200 milhões pelo uso da faixa adicional de 1.8GHz. Segundo ele, a operadora até enxerga oportunidade, mas não como está descrito no edital e, por isso, abre mão do uso imediato da faixa para antecipar as metas do 2,5GHz.”Usamos o 1.8GHz para a cobertura 2G. Para nós, a nossa área é limitada e não vejo razão, mas acredito que o 1,8 GHz será, sim, usado em pouco tempo para o 4G”, completou.
Venda das Antenas
O presidente da TIM Brasil se mostrou satisfeito com a conclusão da venda das 6,2 mil antenas para a American Towers por 900 milhões de euros. “Vamos investir muito em infraestrutura”, garantiu. Segundo ele, o negócio ainda depende da aprovação formal dos órgãos reguladores, mas pode ser considerado um ‘projeto que alcançou seus objetivos”. O executivo revelou ainda que vão permanecer na rede da TIM cerca de 2 mil torres próprias. Outras 10 mil torres usadas pela operadora vão ser alugadas de terceiros.
Oi e TIM
Mais uma vez questionado sobre uma fusão da TIM com a Oi – até porque o Conselho da Telecom Italia autorizou uma negociação – Rodrigo Abreu adotou um tom cauteloso. Segundo ele, a TIM possui um planejamento orgânico que funciona. “É óbvio que qualquer empresa responsável tem que entender o ambiente em que ela está inserida do ponto de vista de configuração e reconfiguração do setor. É por esta razão que, se existirem oportunidades, elas serão analisadas”.