Viber negocia entrar no acesso grátis das teles móveis
O aplicativo para troca de mensagens e ligações usando a internet Viber está conversando com as operadoras de telecomunicações para fechar parcerias locais para incluir o serviço em suas ofertas. Entre as ideias, está a de prover acesso grátis ao Viber, nos mesmos moldes que Twitter e Facebook já fazem com algumas telcos.
Ainda que algumas teles enxerguem os aplicativos como WhatsApp, WeChat, Line e Viber como concorrentes que canibalizam a receita com SMS, por outro, estes mesmos programas incentivam a contratação de planos de dados. “Nada estimula mais o uso de internet móvel que aplicativos como o Viber. E dados é a melhor receita que a operadora pode ter, porque a margem é alta”, avalia o gerente-geral para o Brasil do Viber, Luiz Felipe Barros.
O mesmo ocorre, na visão de Barros, com os provedores de internet. Para ele, o uso de programas de comunicação com o Viber estimula o internauta a querer uma internet melhor. De acordo com Barros, o Viber tem hoje 17 milhões de usuários ativos (que usou o aplicativo pelo menos uma vez no mês) e 400 milhões mundialmente. O número é bastante inferior ao registrado pelo maior concorrente. O executivo calcula que o WhatsApp tenha por volta de 50 milhões de usuários no País.
Para o gerente-geral, a liderança do WhatsApp no mercado brasileiro pode ser explicada devido à qualidade da banda larga, já que o concorrente tende a ser o número um nos mercados onde a internet é ruim, enquanto o Viber é líder nos lugares onde a internet é rápida. No Brasil, são quatro os principais aplicativos de trocas de mensagens e ligações VoIP (voz sobre IP): WhatsApp, Viber, WeChat e Line.
“Primeiro queremos ser entendidos como aplicativo completo, que oferece não apenas voz, e também não está somente nos smartphones”, diz Barros — o Viber também tem versão para computadores e tablets. O objetivo é fomentar o uso no dia a dia das pessoas. Para isto, Barros trabalha para aumentar o ecossistema de parceiros de modo a fomentar inovações.
Desde que começou a operar formalmente no País, com escritório próprio, em janeiro deste ano, Viber viu sua base crescer. A meta é fechar 2014 com 20 milhões de usuários. Barros explica que a monetização se dá por meio da venda das figurinhas (stickers)- e das ligações para telefones fixos e celulares (Viber Out). Em breve, serão lançados mundialmente jogos para os usuários, além de dois novos recursos. Um deles é o vídeo para celular em alta definição.
Em entrevista ao portal da Abranet, o gerente geral da Viber falou ainda sobre neutralidade de rede.